segunda-feira, 20 de junho de 2016
Utilização de modelos didáticos para auxiliar na comprensão da mitose e meiose.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
COMPARAÇÃO DO TATO ENTRE INVERTEBRADOS E VERTEBRADOS
INTRODUÇÃO
Para
perceber o ambiente ao qual estão inseridos os animais desenvolveram sentidos
especiais, o Tato é um dos órgãos dos sentidos também chamado de sentido somático
que proporciona aos animais um contato físico com o ambiente através de
receptores que estão presentes no corpo desses organismos.
Os
sistemas sensoriais em animais são bastante diversificados, ao contrário dos
demais sentidos o tato se encontra em diferentes regiões do corpo tanto em
vertebrados quanto nos invertebrados, essas células táteis evoluíram desde
simples cerdas que captam leves vibrações até as terminações nervosas livres
que conseguem captar estímulos mais intensos como a temperatura. As células que
tem capacidade tátil são chamadas de receptores ou mecanorreceptores.
Os
invertebrados possuem receptores mais simplificados no sentido tátil, alguns
cílios e cerdas que captam os estímulos no ambiente e leva uma informação ao
animal. No entanto os vertebrados são dotados de células mais elaboradas como
os corpúsculos de Pacinni que podem captar os estímulos mais profundos na pele.
Os receptores táteis detectam tato, pressão e vibração na superfície do corpo.
Tanto vertebrados como invertebrados apresentam estes receptores, porém sua
estrutura e função são variadas (MOYES & SCHULTE 2010).
Os
receptores táteis tem fundamental importância para a percepção do ambiente pelo
animal e variam de acordo com o organismo. Este artigo tem como objetivo principal
fazer uma comparação básica entre os receptores táteis de invertebrados e
vertebrados ressaltando as características de cada um deles para a percepção do
ambiente em que vivem.
RECEPTORES TÁTEIS DOS INVERTEBRADOS
Os
invertebrados desenvolveram receptores táteis para interagir com o meio em que
vivem, esses mecanismos possibilitam uma percepção maior de sensações como
vibrações e pressão que os ajudam a fugir de predadores e também na captura de
presas. Algumas anêmonas-do-mar, por exemplo, consegue captar pequenas
moléculas orgânicas da presa por meio de receptores chamados de cnidócitos,
esses animais percebem frequência da vibração causada pela natação da presa,
essa excitação tátil faz com que o nematocisto dispare e a anêmona capture a
presa.
Assim
como as anêmonas os artrópodes dependem de informações do ambiente para sua
sobrevivência. Os receptores externos dos artrópodes são uma especialização da
cutícula que traduz os estímulos do ambiente que serão reconhecidos pelo
sistema nervoso central, esses receptores são chamados de sensilas que é uma
modificação da cutícula associada a cílios modificados.
Em
artrópodes os mecanorreceptores simples são constituídos por uma cerda oca que
contém um ou mais neurônios sensoriais em seu interior (RUPPERT, E.
& BARNES, 1996). Dependendo do tamanho essas cerdas podem detectar
pressões leves no caso de ser finas, ou pressões fortes se forem mais robustas.
Em aracnídeos os tricobótrios são os mecanorreceptores que conseguem detectar
pequenos movimentos no ar, constituídos de cerdas longas e finas. Estas
estruturas tem a capacidade de ativação de dentritos quando são postas em
movimentos pelas correntes de ar, estimulando assim os tricobótrios, a
especialização dessas cerdas é tão elaborada que é possível uma aranha cega capturar
moscas.
A
sensibilidade tátil varia de acordo com o tipo de receptor e o animal. Algumas
sensilas em aranhas são tão desenvolvidas que proporcionam movimentos rápidos em
relação à sua presa. Os escorpiões que vivem em terrenos arenosos aparentemente
localizam suas presas sentindo ondas da superfície que são geradas pelo
movimento dos insetos sobre ou dentro da areia, essas ondas são capturadas por
sensilas em fendas compostas localizadas no brasitarso das pernas, por meio
dessas sensilas um escorpião pode localizar uma barata enterrando-se a 50 cm de
distância e alcançá-la através de três ou quatro movimentos rápidos de
orientação (HICKMAN et al. 2013).
Os
insetos assim como as aranhas possuem sensilas tricóides, esses
mecanorreceptores estão espalhados por todo o corpo dos insetos, principalmente
nas antenas, pernas e palpos. As sensilas compreendem uma projeção da cutícula
semelhante a um cílio associada a um neurônio sensorial bipolar (MOYES &
SHULTE 2010). Esses receptores são muitos sensíveis e por meio deles o inseto
tem a capacidade de perceber diferentes correntes de ar, quando as sensilas são
deslocadas ocorre uma geração de potencial de ação no receptor fazendo com que
o inseto perceba as vibrações do ambiente.
Os
insetos usam outro tipo de sensila na superfície da cutícula, denominada sensila campaniforme, para a propriocepção. Estas sensilas se assemelham às
sensilas tricóides, porém não possuem cílio pontiagudo, estando envolvidas por
uma estrutura em formato de cúpula fina da cutícula (MOYES & SCHULTE,
2010).
RECEPTORES TÁTEIS NOS VERTEBRADOS
Nos vertebrados
a capacidade tátil está associada a receptores cutâneos específicos que podem
detectar pressão, vibração e dor, esses receptores desempenham funções
distintas em regiões mais expostas ao ambiente e possuem um maior número de
receptores.
Os peixes e anfíbios possuem mecanorreceptores
na linha lateral que é um sistema de recepção de tato à distância para detectar
as vibrações das ondas e correntes na água. Células receptoras denominadas
neuromastos localizam-se na superfície do corpo dos anfíbios aquáticos e de
alguns peixes. Na maioria dos peixes, porém elas estão localizadas no interior
de canais que correm abaixo da epiderme (HICKMAN et al. 2013).
Os neuromastos são células ciliadas com
terminações sensitivas ou cílios, embebidas numa massa gelatinosa em forma de
cunha, a cúpula. A linha lateral é de fundamental importância, pois ela tem
como função principal orientar os peixes na fuga de predadores e na percepção
no ambiente aquático. Os mamíferos
terrestres perderam a linha lateral e desenvolveram receptores táteis bem mais
elaborados que são capazes de detectar tato, dor, pressão e vibrações do
ambiente através da pele.
Receptores
mais simples são terminações nuas de fibras nervosas encontradas na pele, mas
existe um sortimento de outros receptores com vários formatos e tamanhos
(HICKMAN et al. 2013). Em mamíferos os receptores táteis estão distribuídos por
quase toda região corporal, sendo que algumas destas áreas são mais sensíveis
que outras por possuírem estruturas celulares sensoriais adaptadas para a
captação estímulos delicados como leves toques. Esses receptores são os
corpúsculos de Meissner e discos Merkel localizados, por exemplo, nas pontas
dos dedos em humanos e nas patas de outros vertebrados.
Há também os corpúsculos de Paccini que são
extremidades de fibras nervosas envolvidas por diversas camadas de células,
estes estão localizados em regiões profundas da pele e percebem vibrações e
pressões fortes. Existem ainda aqueles que se relacionam ao movimento das
articulações, os chamados corpúsculos de Ruffine. Os pelos também proporcionam
sensações táteis, as vibrissas (bigodes) dos gatos, por exemplo, possuem
receptores táteis associados aos pelos especializados.
Sobre
a superfície corporal de humanos existem ainda células que detectam dor,
aumento ou diminuição da temperatura, e pressão. Os receptores que são
sensíveis a variações da temperatura são terminações nervosas livres chamadas
de termorreceptores. Os que são sensíveis à dor são e denominados nociceptores
e podem ser encontrados em quase todos os tecidos, os receptores da dor são
fibras nervosas simples que respondem a muitos estímulos.
Os
receptores táteis de vertebrados como já foi mencionado estão distribuídos por
quase toda a superfície do corpo, mas tendem a se concentrar em regiões que
permitam ao animal explorar e interpretar o ambiente com mais perspicácia. Tanto
em vertebrados quanto em invertebrados esses receptores favoreceram uma melhor
adaptação ao ambiente, possibilitando a esses animais explorar sensações
diversas e até mesmo garantir a sua sobrevivência, nesse sentido é possível
notar a diversidades de receptores e os diferentes estímulos captados por eles,
as sensilas em insetos são especializadas e captam movimentos mínimos quase
imperceptíveis aos mamíferos e os discos de Merkel são muitos sensíveis e
eficazes na detecção de estímulos na pele.
.
REFERÊNCIAS
BILBIOGRÁFICAS
HICKMAN JR.C.P.et all. Princípios Integrados de
Zoologia. 15ª ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
MOYES.
C.D.; SCHULTE. P.M. Princípios de
Fisiologia Animal. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
RUPPERT,
E. & BARNES, R.D. Zoologia
dos Invertebrados. 6ª ed. São Paulo: Roca 1996.
OSMORREGULAÇÃO E EXCREÇÃO EM VERTEBRADOS
OSMORREGULAÇÃO E EXCREÇÃO EM VERTEBRADOS
INTRODUÇÃO
A excreção é um processo biológico,
responsável pela eliminação dos dejetos metabolizados por um organismo
garantindo o seu equilíbrio interior, ou seja, a homeostase. A fisiologia do
sistema excretor está relacionada principalmente ao habitat em que cada ser
vivo pertence, levando em consideração a disponibilidade de água no ambiente.
Usualmente a excreção das excretas
nitrogenadas está associada intimamente com a osmorregulação-regulação da água
e o balanço hídrico dos fluidos corpóreos. Excreção e osmorregulação servem não
somente para livrar o corpo de resíduos potencialmente tóxicos, mas também para
manter a concentração de vários componentes dos fluidos corporais em vários
níveis apropriados ás atividades metabólicas (BRUSCA & BRUSCA, 2013).
O sistema excretor possui órgãos
especializados para realizar os diferentes processos que ocorrem durante a
excreção de metabólitos do corpo do organismo.
As funções dos órgãos excretores estão associadas a um principio básico:
para a manutenção de um meio interno constante, qualquer material captado pelo
organismo deve ser equilibrado pela remoção de igual quantidade de material,
que por sua vez requer das funções excretoras uma capacidade variável, que pode
ser ajustada para eliminar quantidades criteriosamente controladas de cada uma
das diferentes substancia existente (SCHMIDT-NIELSEN, 2002).
Desse modo as funções principais do sistema excretor estão baseadas em
manter as concentrações apropriadas de solutos; manutenção de volume corpóreo
adequado (conteúdo hídrico); eliminar produtos metabólicos e as substâncias estranhas
de seus produtos metabólicos. (Em
humanos o sistema excretor é o sistema que controla o PH do sangue, faz
reabsorção de água e auxiliam no metabolismo corpóreo, tendo como órgãos
principais os rins, ureteres, bexiga e uretra.
O objetivo desse artigo é conhecer os princípios básicos de excreção e
osmorregulação em vertebrados e abordar de forma geral o funcionamento de
alguns órgãos do sistema excretor humano bem como o processo de filtração do
sangue para a formação de urina.
OSMORREGULAÇÃO EM VERTEBRADOS
Osmorregulação
é o processo através do qual são controladas as concentrações de sais e água
nos organismos. Compreendendo um conjunto de mecanismos que buscam manter
estáveis e em equilíbrio as condições internas dos animais.
Animais que
mantem osmolaridade interna diferente do meio no qual vivem são chamados de
osmorreguladores, pois possuem a capacidade de manter a pressão osmótica
interna independente das variações de pressão do ambiente. Já um animal que não
controla ativamente as condições osmóticas de seus líquidos corporais e ao
invés disso se adapta a osmolaridade do ambiente é chamado de osmoconformador. (RANDALL
et. al , 2008).
Os
animais enfrentam problemas osmóticos de acordo com o meio no qual se encontram
inseridos sejam eles terrestres ou aquáticos. E para lidar com esses desafios
desenvolveram ao longo da evolução estratégias para se sobressair nestes
ambientes. Começaremos nossa abordagem com os animais vertebrados de agua doce,
em seguida marinhos e por último os terrestres.
Segundo KARDONG (2011) com relação à água doce o corpo dos
peixes, é hiperosmótico, significando que seus fluidos corpóreos são osmoticamente
mais concentrados que a água ao redor. Sendo assim o problema osmótico desses
se deve a dois fatores:
1-Eles são sujeitos à entrada de água para o interior de
seus corpos em razão do gradiente osmótico;
2- Eles são sujeitos a uma constante perda de sais para o
meio que os rodeia, que tem baixo teor de sal.
Para superar este desafio, a evolução proporcionou a estes
animais rins especializados para excretar urina bastante diluída. (RANDALL et.
al, 2008)
Enquanto em
peixes de água doce o problema osmótico é à entrada de água para o interior do
corpo, o que poderia causar a diluição de seus fluidos, gerando assim um
desequilíbrio interno. Nos de água salgada ocorre o oposto, uma vez que estes
têm de lidar com a perda desta para o meio; isso ocorre porque de acordo com
KARDONG (2011), em relação à água salgada, os corpos da maioria dos peixes
marinhos são hiposmóticos e água tende a ser sugada do meio interno, resultando
em desidratação, caso essa não fosse controlada. Para conservar o volume de água dentro do
corpo estes animais possuem rins que são essencialmente elaborados para
excretar reduzidas quantidades de água.
Mamíferos marinhos, embora viva
num ambiente aquoso, não consomem água salgada, tendendo a conservá-la,
mecanismo este possibilitado pela presença de rins especializados em produzir
urina muito hipertônica.
Vertebrados
terrestres, a exemplo da espécie humana estão predispostos a perder água
através da transpiração e da eliminação de urina e para repor a quantidade perdida a consomem.
Um problema para
animais que vivem no deserto como o rato do deserto é o fato de estarem em um
ambiente com pouca água disponível ou esta pode estar ausente, tendo que por
este motivo poupar água, para isso são portadores de rins
que secretam urina altamente concentrada.
Além do controle da entrada e saída de água do organismo,
osmorregulação também como já falado anteriormente refere-se à movimentação de
sais entre o meio interno do animal e meio externo. Todos os animais possuem
estruturas especializadas para executar esses processos e em alguns são bem
curiosos, como é o caso dos répteis e aves marinhas que possuem glândulas
especiais para secreção de sal, uma vez que seu sistema renal não tem a
capacidade de lidar com estes metabólitos.
As aves marinhas que comem alimentos
salgados ou bebem agua do mar, possuem glândulas nasais de sal, as quais estão
localizadas em depressões rasas na superfície dorsal do crânio e liberam sua
secreção concentrada na cavidade nasal (KARDONG, 2011).
FISIOLOGIA E ANATOMIA DO SISTEMA
EXCRETOR HUMANO
A principal função do
sistema excretor é auxiliar na homeostase controlando a composição e o volume
do sangue. O sistema excretor humano é composto por dois rins, dois ureteres,
uma uretra e uma bexiga. As principais funções dos rins são regulação do volume
e da composição do sangue, regular a pressão arterial e contribuir para o
metabolismo. Os ureteres têm como função transportar urina dos rins até a
bexiga, local onde fica armazenada, e a uretra á elimina para fora do corpo.
O rim é o principal órgão de osmorregulação e
excreção de nitrogênio em mamíferos, visto que não há outro recurso para a
excreção de sais ou nitrogênio. Esses rins utilizam a multiplicação do mecanismo
de contracorrente para produzir urina hiperosmótica que é encontrada no plasma.
Segundo RANDALL et. al
(2008), essa especialização está centrada na alça de Henle, que é uma parte em
forma de “U” dos túbulos renais e tem sido de grande importância para permitir
aves e mamíferos explorar ambientes terrestres secos, A alça de Henle alcança
seu maior grau de especialização em animais do deserto como camundongos e ratos.
Cada indivíduo normalmente
possuem dois rins no qual esta situado um em cada lado da superfície interna do
dorso inferior fora do peritônio. Em vista de seu pequeno tamanho (1% do peso
corpóreo), os rins recebem fluxo de sangue muito grande o que equivale a cerca
de 20 a 25% do débito cardíaco total. O rim filtra o equivalente do volume sanguíneo
a cada 4 a 5 minutos.
Morfologicamente a camada
funcional externa, o córtex, é coberta por uma cápsula resistente de tecido
conjuntivo. A camada funcional mais interna, a medula, vai possuir papilas que
se projetam para a pelve renal, que dará origem aos ureteres que vão esvaziar
as excretas, no caso a urina, na bexiga.
De acordo com RANDALL et. al
(2008) a unidade funcional do rim é o néfron, um tubo epitelial intricado. Cada
rim contem numerosos néfrons que se esvaziam em ductos coletores. Em geral, o
rim executa duas funções fisiológicas fundamentais, excreção e osmorregulação,
ambas estão relacionadas a manter um ambiente interno constante diante do acúmulo
de subprodutos metabólicos e de perturbações das concentrações de sais e água.
O rim funciona em um
processo de filtração e reabsorção, pois consegue processar grandes volumes de
fluidos e geralmente mais de 99% do volume filtrado é reabsorvido e menos de 1%
é excretado. O ultrafiltrado de sangue passa através da parede capilar formada
de uma camada única de células em seguida por uma membrana basal e finalmente
através de outra camada única de células do epitélio que forma a parede da cápsula
de Bowman (SCHMIDT-NIELSEN, 2002).
Os néfrons são considerados
unidades funcionais dos rins, eles realizam três funções importantes: Controlam
a concentração do sangue; removem quantidade selecionada de água e solutos e
auxiliam no PH sanguíneo. À medida que os néfrons realizam essas funções, eles
removem muitos materiais do sangue, devolvendo aqueles que o corpo requer e
elimina o restante. Os materiais eliminados são denominados de urina.
Nesse aspecto a formação da
urina envolve três processos: a filtração glomerular, reabsorção tubular e
secreção tubular. A filtração consiste
em forçar líquidos e substancia através de uma membrana sob pressão, ela tem
inicio quando o sangue entra no glomérulo, o liquido resultante é denominado de
filtrado. A formação do ultrafiltrado é a etapa inicial na produção de urina, a
reabsorção e secreção ocorrem ao longo da extensão do túbulo renal (RANDALL et.
al 2008).O ultrafiltrado glomerular contem essencialmente todos os
constituintes do sangue, excetos células sanguíneas e a maioria das proteínas
sanguíneas. A filtração no glomérulo é tão intensa que 15 a 25% da água e dos solutos
são removidos do plasma que flui através dele.
O liquido filtrado do sangue para a cápsula
de Bowman deve cruzar a parede do capilar, a membrana basal e finalmente as
camadas mais internas da cápsula (RANDALL et al 2008).
Durante a passagem pelo néfron
a composição original do filtrado glomerular é modificado rapidamente pela
reabsorção de vários metabólicos, íons e água. O rim produz em média cerca de
180 litros de filtrado por dia, mas o volume final de urina é somente cerca de
1 litro, sendo 99% de água é reabsorvida no nosso corpo. Nesse aspecto se não
ocorresse essa reabsorção não seria possível nossa sobrevivência, visto que
quantidade de água que tomamos diariamente não é proporcional à quantidade de
filtrado.
O conteúdo ultrafiltrado
fica dentro do néfron e a parte não filtrada continua na artéria e sai do rim
pela veia renal. Além da filtração e a reabsorção, um terceiro processo, a
secreção tubular, é importante na formação da urina, Um homem adulto produz
cerca de um litro de urina por dia. A liberação da urina é acompanhada pela
ocorrência simultânea de contração do musculo liso da parede da bexiga e do
relaxamento do esfíncter muscular estriado em torno da abertura da bexiga. O
esfíncter pode então ser relaxado por inibição de impulsos motores que permitem
ao músculo liso da parede da bexiga contrair-se sob controle autônomo e
esvaziar o conteúdo (TORTORA, 2012). A presença da bexiga é importante, pois
ela permite a liberação controlada da urina estocada ao invés de um gotejamento
continuo acompanhando o fluxo de urina do rim para a bexiga.
METODOLOGIA
SUGERIDA AO PROFESSOR PARA ABORDAR O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE URINA
O método sugerido para abordar este
assunto é o uso de modelos didáticos feitos com garrafas PET e EVA que mostra
os órgãos principais do sistema excretor humano e ainda facilita a compreensão
do processo de filtração do sangue para formar urina.
Os
modelos feitos de garrafas PET utilizam-se também mangueiras transparentes e
funis para representar os ureteres, rins, bexiga e néfrons. O EVA ( Etil Vinil
Alanina) serve para desenhar os moldes do rim humano e colar sobre as garrafas
para deixar mais atrativo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRUSCA, R. C, & BRUSCA, G. J. Invertebrados,
2ª ed.: Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
KARDONG, K. V. Vertebrados: Anatomia Comparada, Função e Evolução, 5ª ed.: São
Paulo: Roca, 2011.
RANDALL, D.; BURGGREN, W.; FRENCH, K. Eckert-Fisiologia Animal: Mecanismos e
Adaptações. 4ª ed.; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
SHMIDT-NIELSEN, KNUT. Fisiologia animal: adaptações e meio
ambiente, 5ª ed.: São Paulo: Santos, 2002. (reimpressão).
TORTORA, G. J; DERRICKSON. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e
fisiologia. 8ª ed.; Porto Alegre: Artmed, 2012.
Assinar:
Postagens (Atom)